Mito 4: comer só salada

Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, – importante instrumento para promoção de estilo de vida saudáveis, diretamente relacionado ao processo de atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, – o princípio de uma alimentação envolve o consumo diário de todos os grupos de alimentos, de modo a fornecer água, carboidratos, proteínas, lipídios (gorduras), vitaminas, minerais e fibras, em quantidade e qualidade suficientes para o funcionamento adequado do organismo. 

A alimentação voltada para o gerenciamento de peso, em que há significativa redução calórica, ainda que o consumo de frutas e hortaliças seja importante, seu consumo exclusivo não é aconselhado, devido ao baixo valor energético. Ou seja, mesmo tendo como objetivo, o controle e/ou perda de peso, é fundamental que o indivíduo atente-se ao padrão alimentar e nutricional considerado adequado às suas necessidades diárias individualmente.

Em função das exigências do padrão de estética em “moda”, muitas vezes inapropriado para a grande maioria das pessoas, são muitas as opções de “dietas milagrosas” que prometem a perda de peso, de forma acentuada e rápida. Não faltam exemplos, como a dieta da lua, dieta das frutas, dietas da sopa, dieta das proteínas, dietas com restrição a carboidrato, dieta dos shakes, entre tantas outras. Dietas que geralmente restringem algum grupo de alimento a ser consumido (tipo e qualidade) e a quantidade diária de ingestão. Em sua grande maioria causam efeitos negativos à saúde e não atendem aos requisitos exigidos de uma alimentação saudável para manutenção da saúde.

Mesmo dietas para perda ou manutenção do peso, que exigem uma redução calórica, devem atender ao padrão alimentar e nutricional considerado adequado.

Portanto, a reeducação alimentar é um exercício que deve ser, em primeiro lugar, orientado corretamente por um profissional capacitado, e, depois de adquirido, exercitado de forma gradual, para atingir  sucesso esperado durante o tratamento. Além disso, é fundamental reforçar a importância não somente da alimentação, como dos quesitos de adequação em quantidade e qualidade, prazer e saciedade, essenciais para a formação de bons hábitos alimentares. 

Não esquecendo que, nesse processo, também estão envolvidos valores culturais, sociais, afetivos/ emocionais e comportamentais, que precisam ser cuidadosamente integrados às propostas de mudanças. 

E a ciência comprova que a sabedoria popular e alguns estudiosos, há séculos, pregavam: 

A alimentação saudável é a base para a saúde. A natureza e a qualidade daquilo que se come e se bebe é de importância fundamental para a saúde e para as possibilidades de se desfrutar todas as fases da vida de forma produtiva e ativa, longa e saudável.

Salienta-se ainda que a prática de atividade física é igualmente estratégica tanto para perda quanto para controle de peso. Não é possível dissociar o consumo alimentar do gasto energético.

Referências:

BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008.